domingo, 18 de março de 2012

Carta ao Estranho.

Passe por mim, e finja que não me vê.
Por alguma razão me tornei invisível a seus olhos.
Mas por isso tenho esperado... Quero dizer, todos se tornam invisível algum dia.
Alguns ficam sólidos por mais tempo, outros permanecem tão rápido que o menor lapso de memória os apaga quase que instantaneamente.
Não é prejudicial, mas também não é algo banal.
Pare e pense em quantas pessoas já passaram em sua vida, e pergunte-se quantas dela continuam gravadas ao seu olhar.
Próximos se tornam estranhos, estranhos se tornam próximos.
Assim como se deve ser...
Mas tenho uma queixa a fazer.
Há saudade...
Pois bem,
Eu sempre sinto falta...
Falta das risadas que dei com você.
Falta dos sonhos que compartilhamos e juramos torna-los reais juntos.
Falta dos segredos das quais você segurava com tanta força.
Falta das lágrimas, que se algum dia deixei escapar próximas a ti, você as fez desaparecer.
A saudade é normal, mas não é justa.
Viver sob escolhas é lei, mas consequências também vem...
É duro ter que te encarar, ou só ao menos relembrar, e não ter nada a fazer.
Como foi que eu perdi você?
Como foi que eu perdi todos vocês?
Quero que saibam, que embora distantes, ou até mesmo próximos porém longe...
Ainda me lembro...
E que ainda guardo todos aqui comigo...
Posso, relutantemente, ter me tornado um estranho ao seus olhos
Mas quem eu amo, amei, jamais se torna estranho para mim... apenas uma lembrança.
Do que já foi bom.
Minha única súplica, seria poder fazer disso algo recíproco...
Porém não sou tolo, e sei que sonhos não se tornam reais da noite para o dia.
Até logo, meu amigo.
Espero que fique bem...







quinta-feira, 17 de março de 2011

Tre!

Ahh acho que o texto fala por sí só HUSAUHUH
Qualquer coisa, joga no tradutor do Google que tá fácil pra entender.

Tre
Lucas Araujo

Abro os meus olhos para o anoitecer, as gotas de suor em meu rosto caem como orvalhos matutinos sob minha pele, mal posso me mexer, estou aprisionado, e não quero ser liberto.
Se liberdade significa acabar com esse momento, que me prendam para sempre, há tensão, mas há prazer. Há maquiavelismo, mas há inocência. Eu e minha alma, eu e duas almas mais.
Não sei dizer como está lá fora, a janela fechada me protege da noção de tempo.
Ó poderoso tempo, por que sois tão infinito e de bom grado, sendo assim tão infiel e tentador.
Se meus olhos falassem o que sinto, diriam “extasiado”. Êxtase esse que me corrompe numa grua úmida e densa de calor, suor, odor e pudor. Se o chão era gélido, já não sinto minhas pernas. Estão envoltas por outras quatro patas diferentes das minhas, que me aquecem nesse envolto sem fim.
Fim, para que pensar nos fins? Se o gozo das coisas está atuando na peça do atual, do durante, do momento.
- Quem se põe a pensar no fim, não aproveita – Disse-me. E eu tolo, me deitei ao seu lado, e ao seu lado.
A dança de nossas mãos é quente, envolvente. Me fazem acompanhar esse ritmo gostoso da qual eu aproveito. Sem pensar no amanhã, que o mundo acabe. Se acabar, aqui eu quero estar.
Ao seu lado, ao seu lado.
Figuras magníficas, desenhos divinos. Divindade? Dizem ser pecado, se és um pecado, mas ó, que pecado tentador. Você também me fala, e diz que se algum dia, tal Entidade culpou aos outros por serem pecadores, que nos envie ao inferno. E que esse sois tão quente quanto esses dois corpos tentos.
O momento é esse, e quem nunca desejou que tal coisa fosse eterna.
Mentiroso é aquele que me diz que nunca desejou algo que não se acabasse em lágrimas, se acabasse em suor. Apenas suor.
Mesmo a maior das dores pode se tornar a mais desejada quando existe a saudade.
Saudade essa que irá tomar o meu lugar entre esses corpos, assim que eu partir só. Solidão confortante e não arrependida. Solidão feliz e satisfeita que quanto mais tempo atrasar, mais alegre vou estar.
O encanto está nas novas experiências que a vida nos oferece, e essa, como sendo apenas uma brincadeira da infância, da qual olha-se para trás, com alegria e saudade, se torna o momento incerto. Como pudera? Uma trindade tão forte, união prazerosa, contentamento sem arrependimento, acabar-se assim em algo tão simples quanto “prazer”.
O gozo de nossas almas está a jorrar sem direção agora, não há momento mais delicado e bruto, incoerente. Ó vossa incoerência, nos falta ar, almas ofegantes aos céus.
Finalmente o encontramos Excelência.
Paraíso Infernal, Paraíso astral, aqui estás.
Movimentos reflexivos a luz de nossa imaginação.
Podemos sentir.
Podemos tocar.
Podemos realizar.
Um momento, tudo fostes um momento.
Com tu.
Com tu.
Amantes perdidos no tempo de um espaço sem começo ou fim.
Sois apenas um ser solitário por hora.
O momento que tanto me deixas falta agora, deixou de ser o momento.
Caminho vangante por entre as ruas sujas e escuras, que se inibem com meu ser pecador e imundo, porém, preenchido por uma prazerosa saudade astral.
Deixo de ser um entre dois.
Volto a ser um entre milhares.
Alguém na multidão.

Pois bem, Blog reformulado, vamos ver se dessa vez vai UHSAHUSUH
Comentem sobre o que acharam por favor - do texto e do blog.
Vlwww por ler =D

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meu primogênito - Apenas Um Sonho

Cara, pra quem já lê o que eu escrevo desde quando comecei, esse conto não é nenhuma novidade, foi meu primeiro - e preferido - conto. Ele já passou por várias mudanças, mas acho que agora tenho a última e resolvi lançar aqui.
Antes chamado de "Um Doce Sonho", "Sonho", ou "Bons Sonhos"... Agora resolvi mudar o título definitivamente para "Apenas um sonho" UHASHU pretendo não mudar...
Sem mais de longas, pra quem já leu e não lembra, e pra quem ainda não conhecia o meu primeiro 'filho' UHSAHU
Então lhes apresento...
Apenas um Sonho
Lucas Araujo

O bater da chuva é forte na janela, a noite lá fora,é escura, é fria, é densa, e é intensa. Não sei como vim parar aqui. O quarto em que me encontro é brevemente iluminado, reflexos dos faróis dos carros, vindos da janela, são a única iluminação que se encontra no local, que aparentemente, é grande o bastante para uma noite de ressaca, de depressão.
Por uma fração de segundo, tento me mover, mas aí percebo, não sinto minhas pernas, meus braços. Meus braços, aonde estão minhas mãos ? Então, percebo que não sou o único a me movimentar, sinto aquela pele macia, aqueles cabelos molhados, um par de mãos deslizar sobre minha cintura, e vagarosamente subir, até encontrar meu rosto, e então meus olhos, que se fecham ao doce toque, e em seguida meus lábios.
Mais um carro, e aproveito para tentar ver a figura angelical que está a me tocar... seu rosto não consigo ver... está coberto por uma máscara, da qual, gentilmente, deslizo minha mão sob.
Lá se foi o carro, e então, a escuridão retorna ao seu trono... rainha do mistério, que reina sob o medo, e sob as belezas ocultas.
Então, meu nariz é tocado por um doce aroma, provocante e sedutor, que faz um segundo parecer minuto, o minuto parecer hora, a hora parecia dia.... até se tornar noite.
Ah o tempo, o que é o tempo? Nesse lugar que estou, nessa situação em que me encontro, com um anjo ao meu colo, com uma noite aos meus ombros, com corpos ao meu redor, e minha visão... minha cega visão, que não enxerga nada além de relances e reflexos, mas, que por sua falta, sou compensado por essa confusão divina de sentidos.
Lábios tocam os meus, então, é como se toda a confusão do último segundo, estivesse agitada, e cada grama do meu ser fosse despertado para o momento.
Essa orgia de lábios, esse sabor molhado, e ardente. Não quero que se acabem, meu encontro com o prazer, minha ida ao paraíso. Não quero que pare, o sentimento, a emoção, e o culpa.
-Culpa? Por que me sinto culpado?
-Devia estar aqui?
-Aonde estou afinal?
Ouço vozes fazerem as perguntas que se passaram em minha cabeça no momento, como se os seres ao meu redor também estivessem despertado, ou então, fossem eu mesmo... mas isso é impossível... não é?
O sentimento da culpa, foi o sentimento mais prazeroso no momento que se desenrola, mostrou como a adrenalina, causada pelo medo, pode me fazer sentir vivo, enquanto eu achava que estava morto.
Seria isso o paraíso na Terra? Ou seria isso o inferno?
A chuva se fortalece na janela, e dá batida a lenta música que ouço no fundo de tudo, como se eu fosse o único que estivesse a ouvindo, e dando uma trilha sonora ao meu momento de prazer.
Abro meus olhos, a luz se torna mais intensa a cada raio que cai do céu...
-Êxito...
Logo... percebo que o anjo que está acima de mim tirou seu único disfarce... único disfarce? Estamos nus?
- Não
Embora sinto as formas sensuais de quem está acima de mim, não estamos nus, mas que, apenas o rosto da figura está sem sua proteção, ela havia tirado a máscara.
Mais um raio...
A figura a minha frente olha pela janela, e começa a se levantar. Começa a caminhar... e conforme dá cada passo, pessoas vão se levantando. Como se os passos do meu anjo, fossem o sinal para todos ali acordarem de suas ilusões, e se libertarem de sua escuridão...
Uma porta é aberta...
Vejo a silhueta perfeita, que logo é abafada pela aglomeração de pessoas que pareciam ansiosas para sair do quarto...homens e mulheres, alguns irreconhecíveis...
E então... só resta meu Anjo novamente...
O último raio...
Vejo seu rosto perfeito, seus traços desenhados, moldados, como se fossem criados para aquele momento...
E então, sua voz – Doces Sonhos...
A porta é fechada...
Percebo que estou só... solidão, foi o único sentimento que não havia sentido naquele momento, meu momento...
Sinto meu último suspiro por vir, fecho os olhos...
Esperando sentir aquele toque novamente.
Esperando sentir, aquele aroma novamente.
Esperando sentir, aqueles lábios novamente.
Mas nada...
Abro meus olhos para me checar de que estou vivo, e então, a surpresa...
Fora tudo um sonho...
Um doce sonho.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Sensação

Cara, eu sei exatamente o que se passava quando escrevi, mas não lembro de ter escrito.
Pois é, dizem que os melhores escritores, escreviam embriagados UHSAHUSHAU
Acho que quis testar essa teoria...
Aqui está:
Sensação
Lucas Araujo

Eles falam, mas não se escutam.
Um sussuro de partida, meu som de liberdade.
Liberdade perdida que não consigo mais encontrar.
Aqui não é o meu lugar.
Embora isso possa parecer um pouco certo.
Após uma dose do meu vício particular.
E assim sinto um pouco a me encaixar.

Cacos de vidro me refletem a verdade.
Posso não pertencer a ninguém, a lugar algum.
Posso até mesmo não estar aqui nesse exato momento.
Mas eu adoro toda a tontura e confusão que isso me dá.
A sensação de loucura nos torna livres.
Me sentir tonto me torna confortável.
Tudo a uma garrafa de distancia.
Distancia dessa sensação.

Que o amanhã seja amanhã, e o hoje se torne agora.
Posso nem ao menos saber.
O que aconteceu naquela noite.
Assim como não consigo saber.
Quem eu sou nessa hora.
O que de fato não me incomoda.
Contanto que não eu esteja a uma garrafa de distancia.
Distancia de ser livre.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Corpos

Cara, muitas coisas não são o que parecem... tirem suas próprias conclusões.

Corpos
Lucas Araujo

Corpos em movimento, eles vão e vem, me soltam e me apertam, mas sempre tornam a me prender.
As vezes me pergunto "onde estou?". Tudo de repente fica escuro, e pouco depois fica claro.
Não há lugar.
Quanto mais se aproxima, mais me dificulta respirar.
Respirar o ar esbaforido, denso, cansado. Sinto-o em meus ouvidos, nuca, rosto. Tudo fica tão junto que mal sinto meu corpo.
Estou em uma prisão de corpos, e não há tempo ou espaço para que eu possa sair.
Todos se completam.
Um precisa do outro para permanecer aqui. Ou então, cairá.
A única realidade que não passa de uma ironia, "quanto mais, melhor" eles dizem.
Me sinto sujo.
Corpos continuam a me prender por todos os lados, cadê o meu prazer?
Suor escorre sobre o meu rosto, costas, e até em lugares que até então não conhecia de meu corpo.
Há muito suor.
Um calor sujo me emana.
Não tenho noção de quanto tempo se passou, não me importo.
A irritação começa a subir sobre mim quando ouço a trilha sonora.
Trilha que não me agrada nenhum pouco. Assim como os odores que meu olfato capita ao redor.
Muitos partem, mas muitos outros chegam.
Sou levado nessa multidão.
Um orgia de corpos que não deixa sobrar espaço para perdição.
Se oportunidade surgir, cara, eu vou sair.
Não, não há.
Coisa mais desgravadável que usar.
Usar transportes públicos numa manhã na capital de São Paulo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Despertar

Esse poema partiu de um sonho que tive, e a minha visão de um amor onde tudo vale a pena... E de que deve-se sempre por tudo em risco, não ter nada a perder, afinal... Nunca seremos ser felizes se não tentarmos... (É assim que penso pelo menos XD)
O poema é uma ideia minha para um livro, que espero ter pique de escrever algum dia...



Despertar
Lucas Araújo

Eu fecho meus olhos,
Espero te encontrar.
Aquele me fez feliz do Sol até o luar.
Sentir sua pele ao me tocar.
Com você tenho certeza de que sempre quero estar.
Estar em seus braços,
Em seus lábios.
Para sempre te amar.

Seu sorriso para mim é tudo,
Mais que lindo que as roseiras desabrochantes onde te beijei.
Sim, seus lábios carnudos e delicados.
Lábios que tocaram os meus, finos e descontraídos.
Eu me lembro.
Você disse que me amava.
E eu disse que queria ficar assim para sempre.

Mas nada é para sempre.

Mais uma vez tenho que me despedir de ti.
Do teu olhar sobre o meu, o que me encanta.
Te toco mais uma vez.
Te sinto mais uma vez.

O belo campo agora dá vazão ao meu quarto.
Seco e frio. SOLITÁRIO.
Nada.
É assim que me sinto quando estou sem ti.
Passo horas tentando me entreter.
Ou apenas entender.

O que há de tão especial em você?
Me viciou.
Me embriagou.
Quero sentir novamente o seu perfume.
Ter o calor do seu riso ao pé da minha orelha.
Quero abrir os olhos e ver novamente,
Seu cabelo dourado reluzindo e refletindo a luz do sol.
E ouvindo a delicadeza de seus suspiros enquanto nos conectamos.
Nos tornamos um.
Adoro saber que cada parte do seu corpo está unido ao meu.
Somos um.

Prometo-te a eternidade.
Você discorda.
Por que insistes em lembrar-me?
Lembrar-me que isto não é real.
Enquanto eu quero acreditar que seja.

Passo horas em meus conflitos.
O silencio torna-se pleno sem a sua presença.
Meu mundo escurece.
Desaparecem as cores do meu ser.

A vida se dificulta então.
Torna-se difícil de acontecer.
Difícil de explicar.
Difícil de entender.
Difícil de apaziguar.

Ninguém me compreende,
Ou ao menos tenta.
A única certeza que tenho é que nunca ficarei sozinho,
Quando me entregar a ti.
Você não me abandonaria,
Assim como todos os outros.
Você é incomum.

Ao deixar de ser um segredo,
Comecei a ser uma verdade.
Sinto medo.
Temo, pois o mundo se fecha diante dos meus olhos.
Estou atirado em solidão.
Quando eu fechar meus olhos, te encontrarei novamente.
Mas o conhecimento disso não me basta mais.

Tomo minha decisão.
É arriscada, e você discorda.
Você tenta impedir.
Mas estou a me decidir,
Te terei comigo.
Para sempre.

Vou o mais rápido que posso.
Sei que no fim, encontrarei você.
E isso me faz acelerar.
Sentir a dor não é nada, quando sabe-se o prêmio a se levar.
Não se preocupes mais.
Agora estarei aqui ao seu lado.
E serei apenas como você me ensinou.
Serei feliz.

Sobre o blog...

Hey Folks
Tudo em cima?
Espero que sim...
Bom, há tempos venho alimentando a ideia de criar um segundo blog com contos e poesias que eu faço, poesias essas que partem de sentimentos, acontecimentos, estados, mas principalmente devaneios da minha mente.
Esse blog é mais pessoal do que o We Do Not Hook Up!, trata mais de algo sentimental que eu joguei pra fora em palavras, e eu gostaria de compartilhar com vocês...
Muitos conhecem meus textos, mas muitos não os conhecem.
Então quero desejá-los boas vindas, a minha mente indecisa =D